O «Grande Sorteio de 1954» e o Sarau Artístico promovido pelo C.F.«Os Belenenses» foi um estrondoso êxito popular

«O Clube de Futebol «Os Belenenses» promoveu na noite do dia 13 de Dezembro de 1954, no Pavilhão dos Desportos, um Sarau artístico, durante o qual se procedeu à extracção dos prémios referentes ao «Grande Sorteio de 1954».
O produto deste festival reverteu a favor da «Casa dos Rapazes», da fragata «D. Fernando» e da construção do novo estádio do Belenenses.
Tomaram parte deste Sarau os consagrados artistas Herminia Silva e Luís Piçarra. a cantora Cristina Maria, a cançonetista Noémia Feijó, o professor de acordeão Siegfried Sugg, o cançonetista Rodrigues Alves, o conjunto «Rapazes do Ritmo», a parelha de baile espanhol Ariel e Gracia e os manos Alexandres, além da orquestra de Tavares Belo. A locução esteve a cargo de Artur Agostinho e Artur Frazão.
Na continuação do Sarau houve um «momento de fado» com Anita Guerreiro, Mário Rocha e Julieta Brigue e com amadores dos bairros de Lisboa melhor classificados na «Grande Noite do Fado».
Os ingressos tinham preços popularíssimos e estavam à venda na secretaria e na sede do Clube, na A.B.E.P. e nas bilheteiras do Pavilhão dos Desportos»

Lista dos prémios mais relevantes: 4 automóveis Peugeot; 3 rádios-gramofone Philips; 5 frigoríficos Philips; 2 máquinas de costura Necchi; 3 máquinas de lavar roupa Philips; Fogão a gás da Fábrica Portugal; 10 máquinas fotográficas Zeiss e Agfa; Misturador eléctrico Cutmix; Máquina de barbear eléctrica Tondor; 200 ferros eléctricos Tudor e Injecta. - No total, 1.050 prémios no valor 532.500$00

José Romão Dimas

«José Romão Dimas, é natural de Almada, onde nasceu em 7 de Maio de 1930. Iniciou a sua carreira em 1946-47 no Ginásio do Sul, onde se manteve até 1950-51.
Depois passou para o Vitória de Setúbal, tendo-se transferido para o Belenenses em 1952-53*. 
De baixa estatura (1,62 m), Dimas compensa essa desvantagem com dinamismo invulgar.
Joga indiferentemente a interior ou extremo-direito, sendo notável, em qualquer caso, o seu sentido de jogo. Internacional 4 vezes (2 B).» 

*aonde se manteve até à época de 1960-61.


post publicado originalmente em 20/06/2009

Francisco de Sousa André Júnior

Francisco André, nasceu em Faro a 10/11/1932

«André é um nome desta época no nosso futebol de primeiro plano. "Os Belenenses" experimentaram-no nos primeiros desafios particulares e a experiência deu resultado, pois o jovem algarvio ganhou o lugar e tem vindo no Campeonato nacional a botar figura digna de relevo.
Veio de Faro, onde começou e onde alcançou rápida notoriedade.
Principiou, como todos, com a bola trapeira, que pontapeava desenfreadamente nos terrenos baldios da capital do Algarve.
Formavam-se grupos populares, que disputavam renhidos torneios, e André pertencia ao "Estoril e Xixo". Jogava, treinava e era também director.
Mas um dia, outro poder mais alto se levantou. O Sporting Clube Farense, um dos mais prestigiados clubes do Algarve, precisava de um avançado-centro e, ao lançar uma vista de olhos pelos clubes populares, a fama de André impressionou. Mas o rapaz tinha apenas 17 anos e, por isso, só na época seguinte pôde alinhar na primeira categoria. Não podia começar melhor.
- O Farense venceu o Elvas por 4-2 e André marcou as duas bolas que deram a vitória.
A seguir numa vitória por 3-0 sobre o Lusitano de Vila Real de Santo António, André marcou apenas as três bolas.
E, por aí fora, não tardou que o seu prestigio chegasse também à capital, para onde veio no começo deste ano lectivo para prosseguir os seus estudos.
À inteligência que André põe no jogo não podem ser estranhos os seus dotes de intelecto, pois tem o curso liceal concluído.
Fino no jogo e na figura, André sabe jogar e sabe rematar beneficiando da sua facilidade de elevação para alcançar frequentes golos de cabeça.
Não teve nos Belenenses o que se chama uma estreia auspiciosa e talvez fosse melhor assim. Quando do desafio com o Benfica para a Taça Maia Loureiro, Carlos Pinhão escreveu o seguinte:
- André sem continuidade de acção, mostrou a sua "pinta" de jogador.
Veio de Faro "à conquista da cidade" e, de repente, dá consigo no Estádio, a jogar com o Benfica, diante do Félix... todos estes nomes o devem ter perturbado e diminuído, mas bem vai o clube Belenense em persistir e em dar-lhe nova oportunidade.
Bem andou de facto o Belenenses. André continuou no eixo do ataque. Ao cabo da 1ª volta do nacional, tinha feito 11 dos 13 jogos e marcado 7 golos.
Os jogos com o Lanus e o Admira serviram-lhe de proveitosa lição e, na 2ª volta do nacional, tem vindo a convencer os últimos descrentes, jogando e marcando quase sempre - contra o Boavista, fez sozinho o resultado (3-0)*.
Ultimamente, tem-se dito que André acusa cansaço. Em entrevista concedida, o seu treinador, Fernando Vaz, diz o seguinte: Jovem como é, pois fez há pouco 19 anos, André tem acusado um pouco, como é inevitável, a dureza da prova mas, como se trata de um elemento que joga sobretudo com inteligência, desmente domingo a domingo a fadiga que se lhe atribui.
Em suma, estamos perante um jovem que chegou sem alardes mas que tem sabido conquistar o seu lugar à custa de talento e aplicação. André ainda dará muito que falar.
Findo o nacional, a média das suas exibições acredita-o como jogador de futuro.» Carlos Pinhão, 1952.
* jogo da 17ª jornada do campeonato, disputado nas Salésias no dia 27/01/1952

A equipa do Belenenses impôs ao Benfica a primeira derrota oficial no Estádio da Luz

Estádio da Luz, 3 de Novembro de 1957, 9ª jornada do campeonato 

⛹A equipa do Belenenses alinhou do seguinte modo: José Pereira; Pires e Moreira; Edison, Mário Paz e Vicente; Dimas, Matateu, Suarez, Di Pace e «Tito». Treinador: Helenio Herrera
⛹ Benfica - Costa Pereira; Fernando Ferreira e Ângelo; Pegado, Serra e Zézinho; Palmeiro Antunes, Azevedo, José Águas, Salvador e Francisco Palmeiro. Treinador: Otto Glória

⚽Marcador: 0-1, aos 14'. Matateu, de costas para a baliza adversária, recebeu a bola de Pires na zona intermédia, descaído para a lateral. Despachou Zézinho com uma finta de corpo. Acelerou, fintou Ângelo, correu com a bola junto à linha de cabeceira, aguardou a saída de Costa Pereira e, quase sem ângulo, rematou com força, por cima do guarda-redes, alcançando o ponto. As possibilidades de golo eram mínimas, no entanto Matateu seguiu o seu instinto: um «bico» escaldante que entrou por uma nesga e foi tocar as malhas do lado oposto da baliza.

Na disputa da bola, Matateu levou a melhor e de um ângulo difícil marcou o 1º e único golo do Belenenses que lhe deu a vitória. Dimas e Ângelo observavam à distância.

Helenio Herrera estreia-se dirigindo o Belenenses e impõe ao Benfica a primeira derrota oficial no Estádio da Luz

"Charge" de Pargana no «Diário de Lisboa» de 4 de Novembro de 1957
H.H., Augusto da Costa e Matateu


Estádio da Luz, 3 de Novembro de 1957, 9ª jornada do campeonato. Sob o comando de Helenio Herrera (il mago/o bruxo), e do seu adjunto e anterior treinador principal, Augusto da Costa (foto), «Um "bico" de Matateu impôs ao Benfica a primeira derrota oficial no Estádio da Luz».
📘 post publicado originalmente em 27/02/1916

Helenio Herrera, "Il Mago", Um dos Melhores Treinadores da História do Futebol Mundial, treinou o Belenenses


Buenos Aires (Argentina), 17/04/1910 - Veneza (Itália), 09/11/1997
Treinador do Belenenses na época 1957/58 (a partir da 9ª jornada) 
Durante a sua carreira H.H. ganhou 16 grandes títulos:  Atlético de Madrid: 1950 - Campeão Nacional; 1951 - Campeão Nacional. 
FC Barcelona: 1959 - Campeão Nacional; 1959 - Taça da Espanha; 1959 - Taça das Cidades com Feira (actual Taça UEFA); 1960 - Campeão Nacional; 1960 - Taça das Cidades com Feira (actual Taça UEFA); 1981 - Taça da Espanha. 
Internazionale FC: 1963 - Campeão Nacional; 1964 - Taça dos Campeões Europeus; 1964 - Taça Intercontinenta;l 1965 - Campeão Nacional; 1965 - Taça dos Campeões Europeus; 1966 - Campeão Nacional. 
AS Roma; 1969 - Taça da Itália.
Clique AQUI e leia a biografia de "IL MAGO". Post publicado originalmente em 18/05/2009

Os Belenenses, uno de los «Grandes» portugueses


El 30 de septiembre de 1976, el F. C. Barcelona derrotaba en el Camp Nou al Os Belenenses por 3-2 y conseguía el paso a la segunda eliminatoria del Copa de la UEFA. Eran los tiempos de Johan Cruyff como líder indiscutible de la formación azulgrana y sin embargo, el equipo portugués vendió muy cara la piel.
Lo que parecía fácil trás el 2-2 que se registré en Lisboa en el choque de ida, luego fue dificilísimo, tanto que sólo a tres minutos del final un gol de Clares decantó la balanza.
Ahora, dos años y un día-después, Os Belenenses vuelve al recinto barcelonista en este partido montado como homenaje al socio azuigrana y que llena la fecha libre dejada en el calendario por el Yugoslavia-España de Zagreb.
Su visita constituye, sin duda, un buen aliciente, puesto que Os Belenenses se mantiene entre los «grandes» del fútbol luso, alinea varios internacionales en sus filas y su juego se caracteriza por la espectacularidad y su carácter netamente ofensivo, que puede redundar en una noche agradable y entretenida para los aficionados.
La pasada temporada Os Belenenses, tradicional participante en competiciones internacionales, no ganó el acceso a la palestra internacional; no obstante, en la actual campaña el histórico equipo lisboeta parece dispuesto a recuperar su papel de «élite».
Por cierto que Os Belenenses, al igual que el F. C. Barcelona, no limita su actividad al campo futbolístico.
La entidad, una de las más prestigiosas de Portugal y que el próximo 24 de octubre cumplirá su 59 aniversario, mueve anualmente unos dos mil deportistas, encuadrados en las especialidades de balonmano, atletismo, automovilismo, baloncesto, fútbol, gimnasia, halterofilia, hockey sobre
hierba, hockey sobre patines, lucha, natación, pesca deportiva, rugby, tenis, tenis de mesa, tiro. voleibol, ajedrez y karate.
En su último encuentro del campeonato portugués, el Os Belenenses, que conquistó este título en cuatro ocasiones (26-27, 28-29, 32-33 y 45-46) y en otras dos la Copa (41-42 y 59-60) logró una importante victoria.
Nada menos se impuso al Benfica, aunque fuera por un mínimo 1-0, marcado por Vasques.
Con los dos puntos que le reportó el triunfo, Os Belenenses, con 6, se sitúa en el octavo lugar de la tabla, pero a sólo dos puntos del dúo de líderes, Oporto y Varzim.
Tres victorias y dos derrotas es hasta el momentó su balance, con diez goles a favor y ocho en contra, demostrativo de ese talante ofensivo que caracteriza el juego del equipo.
¿Cuáles son los hombres más destacados que forman a las órdenes de Santo Medeiros, el entrenador? El «once» que se impuso al Beñfica estuvo integrado por Rui Paulino, Sambinha, Luis Horta, Alhinho, Carlos Pereira, Hertz, Isidro, Esmoriz, Vasques, Clésio y Cepeda.
Quizá el nombre .que resulte más conocido para los aficionados españoles sea el de Alhinho, aquel polémico jugador qúe rechazó primero el Atlético de Madrid y que luego permaneció un tiempo a prueba en el Betis, sin acabar de fichar.
Marchó posteriormente al fútbol belga y ahora está enrolado en Os Belenenses, constituyendo uno de los más firmes puntales de su cobertura.
Los seguidores azulgrana que tengan buena memoria pueden recordar también a los internacionales Sambinha, Horta e Isidro, y a Esmoris; todos ellos titulares en el encuentro que se jugó en nuestra ciudad hace dos años.
Con todo, esto no pasa de ser la pequeña anécdota.
Lo que interesa es que Os Belenenses se presente como un rival muy válido pára un «Barca» experimental, que quiere aprovechar el encuentro para dar la alternativa a jóvenes valores de su cantera.
Al menos, la belleza del lance, a poco que la fortuna acompañe puede darse por asegurada.

Página 2 da edição de 1 de Outubro de 1978 do "EL MUNDO DEPORTIVO". Post publicado originalmente em

Os Belenenses de Lisboa venceram o Real de Madrid, no segundo desafio das «Festas de Ayamonte»

«Mas do comboio da manhã desembarca Pepe e 
a esperança renasce nos seus companheiros de «équipe»

1º desafio - dia 7/9/1930: Real Madrid, 5 - Belenenses, 0. Alinharam pelo Belenenses: José Luís Gomes; «Bolacheiro» e João Belo; Américo Antunes, Silva Marques e César Matos; Alfredo Ramos, Rodolfo, Júlio de Sousa, Bernardo Soares e José Luís.

2º desafio - dia 9/9/1930: Real Madrid, 0 - Belenenses, 3. Alinharam pelo Belenenses: Tomaz; Rodolfo e João Belo; Américo Antunes, Silva Marques e César Matos; Alfredo Ramos, Pépe, Júlio de Sousa, Bernardo Soares e José Luís.

Equipa de Hóquei em Campo do Belenenses da época de 1929/30

Marques Sério, Alfredo Ferreira, Armando Gonçalves, Artur Anselmo, Almeida e Sousa, Antero Bordalo Ventura, Américo Franco, Rui Matos Pereira, Mário Santos, Espírito Santo, Filipe Duarte e Francisco Silva. 

Pertenciam também ao Plantel: Luís Santos, Carlos Cunha, Frank Sequeira, Victor Silva, Manuel Pais, Gustavo Padinha, Vicente Rodrigues, Alfredo Roque e Octaviano Benedito. 

Equipa de Raguebi do C.F.«Os Belenenses» da época de 1929/30

Rodrigo Fonseca, Serafim Amaral, Alberto Bastos, Conceição, Cabeça Dutra, Delfim da Cunha, Gouveia e Jacinto Duarte
André, Testa, Licínio Vaz, Eduardo Serra, Rúben Domingos e Andrade

Equipa de reservas do C.F. «Os Belenenses» da época de 1929/30

Campeões de Lisboa, na categoria de reservas da época de 1929/30

Na foto: Acácio Faria de Sousa, Valentim Araújo, Heitor Nogueira, Severo Tiago, Américo Antunes, José de Sá Macedo, João Vaz Macedo Dória, Bernardo Soares, José Luís Gomes Júnior (gr), Alberto Bernardo «Bolacheiro» e Fernando António.

Foram também campeões: José Damásio, Jerónimo Morais (gr), Manuel Caramelo, Josué Pedro Galvão, João Ferreira da Silva, Júlio de Sousa, Raúl da Silva, Francisco Assis da Silva (gr), Carlos Seabra, Joaquim de Almeida, Júlio Marques e Alfredo Santos.

O Belenenses conseguiu finalmente o almejado titulo de Campeão de Portugal, justo prémio ao seu contributo em prol do futebol português


«Um ambiente fantástico no Lumiar. Afluência estrondosa de público — record dos records. O Belenenses na ânsia de apagar a má impressão da final de 1926; o Vitória de Setúbal na condição de campeão de... Lisboa.
E em confronto duas diferentes escolas de futebol: os homens da cruz de Cristo com atlético jogo de passes largos, de passagens velozes para o ataque e defesa estrénua — ao passo que os sadinos desenvolviam o seu futebol de pé para pé, sem apertado sentido ofensivo, o jogo pelo jogo, no prazer do espectáculo.
Mais uma vez a crónica de Ribeiro dos Reis a marcar a história do primeiro título de Artur José Pereira, que depois de ter trocado o Benfica pelo Sporting, no que foi a primeira vulcânica transferência do futebol português, deixou o Lumiar para fundar o... Belenenses: «A primeira dezena de minutos foi de aflição para os lisboetas, pois o Vitória, favorecido pelo forte vento que soprava, instalou-se tenazmente no meio campo adversário e exerceu pressão forte, de nada valendo as tentativas do Belenen-ses para replicar.
Os setubalenses não prosseguiram até ao fim do primeiro tempo com a autoridade do princípio, pois o seu predomínio, pelo tempo adiante, foi-se esbatendo, mas as maiores ameaças de ataque pertenceram-lhes. João dos Santos, logo no começo, obrigou o guarda-redes lisboeta à melhor defesa da tarde e aos 27 minutos perdeu ocasião de marcar quando, precipitando-se, rematou a um lado da baliza a despeito de, à frente dela e com toda a defesa contrária batida, todos os trunfos no lance lhe pertencerem. O Belenenses, todavia, ainda conseguiu criar um calafrio à defesa do Vitória, a um minuto do intervalo, a seguir ao único pontapé de canto que os setubalenses cederam, pois estes saíram-se de apuros com felicidade.
Embora no segundo tempo o soprar do vento favorecesse os lisboetas, estes não começaram melhor, antes pelo contrário, foi o Vitória que chamou a si o comando do jogo. Lentamente, porém, o Belenenses foi encorpando o seu jogo de ataque e aos 18 minutos obteve o primeiro goal de um cruzamento de César a que Pepe simulou acorrer, deixando a Augusto Silva a oportunidade de rematar vitoriosamente.
Esta vantagem serviu de tónico e de então em diante a confiança nas suas possibilidades foi crescendo tanto e tanto, animando os jogadores, que nos últimos cinco minutos o Vitória teve de acantonar-se na extrema defesa. E nestes cinco minutos passou o Belenenses de 1-0 a 3-0, ambos os golos marcados por Silva Marques, em plena passada, um a aproveitar centro de José Luís e o outro centro de Fernando António, em que o scorer e o defesa-esquerdo do Vitória entraram enfeixados pela baliza.» (1)

Estádio do Lumiar, 12/06/1927. ⚽O «onze» belenense que disputou a final contra o Vitória foi constituído por: Francisco Assis; Eduardo Azevedo «Peras», Júlio Marques, Joaquim de Almeida, Augusto Silva, César de Matos; Fernando António, Alfredo Ramos, Francisco Silva Marques «Zabala», José Manuel Soares «Pepe» e José Luís. 
⛹Treinador: Artur José Pereira. ⚽Marcadores: Augusto Silva e Silva Marques (2). ⛹Durante o campeonato foram também utilizados: Alberto Bernardo «Bolacheiro», Raúl Silva, Rodolfo Faroleiro e Severo Tiago.
O sistema de disputa do Campeonato de Portugal sofreu para 1927 uma modificação fundamental. Em vez de se admitirem apenas os campeões regionais, num torneio rápido por eliminatórias, passaram a ter direito a entrar na liça outros clubes de comprovado renome e categoria. Cartel de jornalistas, sob liderança de Ribeiro dos Reis, estivera na base da alteração, inspirada no sistema da Taça de Inglaterra, mas de uma parte da sua sugestão se fez letra-morta: que a final se disputasse na capital, fossem quais fossem os adversários. Em Lisboa foi, no Estádio do Lumiar, com a presença do Presidente da República, porque ambos os finalistas eram sulistas: Belenenses e Vitória de Setúbal.(2)
(1) e (2) in "O Século XX do Desporto" Ed. "A BOLA". Titulo: Acácio Rosa - 📘 publicado originalmente em 27/01/2008.

O Club de Belem - Campeão de Lisboa - evidenciou uma nítida superioridade sobre todos os restantes contendores

Cipriano executa um belo encaixe sob as vistas de Pepe pronto a intervir
(...) o certo é que o Club de Belem evidenciou uma nítida superioridade sobre todos os restantes contendores, tendo esmagado muitos deles por "scores" verdadeiramente impressionantes. Os clubes que mais de perto seguiram o campeão, Bemfica e Sporting, estiveram longe da regularidade evidenciada pelos Belenenses (...) In "Notícias Ilustrado" de 30 de Março de 1930.

A festa de Matateu efectua-se esta noite no Estádio do Restelo

Quarta-feira, 21 de Setembro de 1960

Já não era sem tempo. O popular Matateu terá esta noite, no Estádio do Restelo, a justa consagração das suas qualidades e de uma invulgar dedicação pela modalidade em que atingiu extraordinária notoriedade. O Lucas Sebastião da Fonseca, um dos mais notáveis «artilheiros» do futebol português de todos os tempos, merecia a homenagem que os seus admiradores há muito tempo desejam prestar-lhe.
A homenagem, que coincide com o 41º aniversário do Belenenses, pelo que desfilarão os representantes de todas as secções do clube, será um acontecimento. Matateu sentirá à sua volta o carinho de quantos exultaram com as suas admiráveis jogadas.
O programa inclui o jogo Belenenses-Sporting. Está prevista a presença dos titulares das duas equipas e isso constitui um atractivo. 
A ordem do festival é a seguinte: às 20:30, jogo de futebol entre as categorias de juniores do Belenenses e do Atlético, para a Taça «Lucas Sebastião da Fonseca (Matateu)»; às 21:30, entrega à direcção, pela equipa de honra, das taças recentemente conquistas em África; elogio do jogador pelo antigo presidente do clube sr. Francisco Mega, perante os representantes de todas as modalidades praticadas no Belenenses; entrega pela Federação Portuguesa de Futebol das medalhas de «comportamento exemplar» e de «ao mérito», e oferta de prendas e apresentação de várias surpresas; às 22 horas, jogo de futebol entre as categorias de honra do Belenenses e do Sporting para a Taça «41º aniversário do C.F.B.».

Matateu, pelo lápis do genial Pargana

Pargana, José João Carvalho Pargana, (1928-1988)
 publicou esta caricatura em Setembro de 1960

«A vitória na Taça de Portugal, aos 33 anos, era o «canto do cisne» de uma carreira fantástica. Os golos começaram a rarear, as lesões surgiram, partiu uma perna numa digressão do Belenenses a Nova Iorque, foram sendo públicos os conflitos com treinadores e dirigentes do clube. 
Aos 37 anos muda-se para a Tapadinha e para o grande rival Atlético. Treinado por José Águas, ajuda os alcantarenses a regressarem à I Divisão. 
Mas os tempos eram outros. Matateu arrasta-se no Gouveia, no Amora e no Chaves, perdido em divisões secundárias até aos 42 anos. Depois jogou no First Portuguese, de Toronto. Encontrou no Canadá o lugar indicado para o sossego propício a um final de vida» Fonte: FPF 

Quatro jogadores do C.F. «Os Belenenses» convocados para a selecção nacional

Setembro de 1961. Jogos de qualificação para o Campeonato do Mundo, no Chile (1962). O seleccionador nacional, Fernando Peyroteo, convocou quatro jogadores do Belenenses: Vicente Lucas, José Pereira, Matateu e Yaúca.
Post publicado originalmente em 07/06/2008

Vicente Lucas é um dos mais internacionais futebolistas do Belenenses

⛹Vicente Lucas é um dos mais internacionais futebolistas do Belenenses. Vestiu 27 vezes a camisola das quinas: 20 na selecção A e 7 vezes na B. Na selecção A.
Alinhou contra a Escócia (2 vezes), uma das vezes foi na sua estreia (3 de Junho de 1959) em Lisboa no Estádio Alvalade (vitória por 1-0), RDA, França, Argentina, Inglaterra (3 vezes), Brasil (6 vezes), Bélgica (2 vezes), Uruguai, Hungria, Bulgária e Coreia do Norte, último jogo em 23/07/1966, no campeonato do Mundo em que Portugal se classificou no terceiro lugar. 
Vicente foi, também, internacional na Selecção B, sete vezes: contra o Luxemburgo, Sarre (2 vezes), Espanha (2 vezes), França e Bélgica. Capitaneou a Selecção B por três vezes.