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O Belenenses, vencendo por 2-0 ao intervalo deixou que o Sporting empatasse o desafio

Figueiredo, actua o mais energicamente possível, Martins até fechou os olhos.
José Maria Pellejero, observa

Domingo, 3 de Fevereiro de 1957. Jogo no Estádio do Restelo a contar para a 21ª jornada do campeonato nacional. Numerosa assistência. Os grupos:
Belenenses - José Pereira; Carlos Silva e Raúl Moreira; Pellejero, Figueiredo e Vicente; Dimas, Di Pace, Perez, Matateu e «Tito».
Sporting - Carlos Gomes; Galaz e Pacheco; Pérides, Passos e Osvaldinho; Vasques, Gabriel, Martins, Joaquim José e Travaços.
Árbitro: Braga Barros, de Leiria
Marcadores: 1-0, aos 16' por Matateu; 2-0, aos 45' por Di Pace; 2-1, aos 65' por Gabriel; 2-2, aos 87' por Gabriel. Resultado final: Belenenses, 2 - Sporting, 2.

O Belenenses classificou-se em 3º lugar no campeonato nacional de futebol de 1947/48

Capa da revista “STADIUM”, Nº 289, de 16 de Junho de 1948

José Sério, Serafim das Neves, Mariano Amaro, Figueiredo, Vasco e Feliciano
Manuel Rocha, João Nunes, Artur Quaresma, José Pereira Duarte e Narciso Pereira
📸A equipa do Clube de Futebol “Os Belenenses” classificou-se em 3º lugar no campeonato nacional de futebol. Merecidamente. Clube de honrosas tradições, manteve-se durante largo tempo à frente do torneio, e mesmo depois de ceder, nunca deixou de contar como equipa do melhor quilate - equipa que dignifica o futebol português📸

Miguel Andrés Di Pace

"D. Miguel representa para o Belenenses a memória de glórias irrepetíveis e é a nostalgia de uma felicidade que o tempo levou, algures na viagem entre as Salésias e o Restelo; meio século depois do regresso à Argentina, o seu nome continua a despertar emoções, mesmo naqueles que nunca o viram tocar na bola – é como se continuasse a jogar e fizesse parte do dia-a-dia. Em nome de uma vida inteira a ouvir elogiar o talento único e a sua irrepreensível formação, foi uma honra conhecê-lo.  Porque a eternidade é o destino dos génios, meu caro Di Pace, jamais esquecerei este momento."  
Rui Dias - Sábado, 8 maio de 2004

Alejandro Scopelli, desde jovem jogador que mostrou ser um brilhante Professor do futebol-arte

Á direita, Alejandro Scopelli com o também interior direito Sastre, na capa de uma edição de 1933 da revista "El Gráfico". 
Á esquerda, num poster, com o seu companheiro Zozaya em 1937: dois dos "Los Profesores", como eram conhecidos os avançados dos Estudiantes de la Plata, desde do inicio da década de 30. Dois anos mais tarde, em 1939, estaria a defender as cores do Belenenses na final da Taça de Portugal,

Um «ás» argentino chamado Miguel Andrés Di Pace

Aos 20 anos de idade, e após ter marcado dois golos ao Boca Juniors, o jovem jogador do Racing de Buenos Aires foi capa do nº 1423 da revista "El Gráfico" de 18 de Outubro de 1946. Dom Miguel chegaria às Salésias a 5 de Abril de 1953 e de certo modo ficou para sempre. Pelo menos na memória e na gratidão dos que amam o Belenenses.

Quem o Viu e Quem o Vê

Roberto Marcos Saporiti
Buenos Aires, 11 de Abril de 1939

  • Foi jogador do Belenenses na época de 1968/69 - 16 jogos e 8 golos marcados - e 1969/70 - 22 Jogos e 4 golos marcados
  • Jogou na Argentina, Uruguai, Chile, México, Colômbia, França, Bélgica e Portugal 
  • Actualmente é um conceituado treinador no seu país natal
Clique aqui para ver Saporiti na equipa do "Cinquentenário" - 1969/70

Mauro Gabriel Airez

Mauro Airez nasceu em Buenos Aires a 22 de Outubro de 1968
Foi atleta do Belenenses desde 1991-92 até 1995-96 (parcial)

Salvador Jorge e Horácio Tellechea em acção na final da Taça de Portugal da época de 1940/41

📸Salvador Jorge deixa passar a bola rematada pelo jovem sportinguista Peyroteo, perante o olhar expectante do seu colega argentino, Horácio Tellechea. À distância, Varela Marques observa.
🏟 Campo das Salésias, 22 de Junho de 1941 - Árbitro: Álvaro Santos, de Coimbra
🏆3º edição da Taça de Portugal - Final: Sporting, 4 - Belenenses, 1
⛹Sporting - Azevedo; Octávio Barrosa e Álvaro Cardoso; Aníbal Paciência, Gregório e Manuel Marques; Adolfo Mourão, Armando Ferreira, Fernando Peyroteo, Manuel Soeiro e João Cruz.
⛹Belenenses - Salvador Jorge; José Simões e António Feliciano; Mariano Amaro, Francisco Gomes e Varela Marques; Gilberto, Óscar Tellechea, Horácio Tellechea, Bernardo Soares e Rafael Correia.
⚽Marcadores: João Cruz (3) e Peyroteo; Gilberto.

Festa de homenagem ao belenense Próspero Benitez

No dia 22 de Fevereiro de 1955, a exactos dois meses do término do campeonato, as duas equipas que disputavam o titulo taco-a-taco decidiram formar uma Selecção de Lisboa para homenagear o atleta argentino.
Na foto, reconhecem-se entre outros: Bastos, Ângelo, Figueiredo, Vicente, Pires, José Pereira, Artur Santos, Dimas, Coluna, José Águas e Matateu.

[...] posso acrescentar mais alguns nomes. Em cima entre o Pires e o José Pereira, são o Caiado e o Jacinto, em baixo á direita do Dimas, é o Arsénio [...] Joaquim Caetano

Matateu: "Está calado, pá, tu não sabes o que dizes. Di Pace é que foi o maior de todos..."

Recepção ao Belenenses em Ponta Delgada, que esteve em festa


Quando os argumentos se esgotaram, em Fevereiro de 1999, para convencer Matateu a viajar do Canadá até Lisboa, cada um utilizou os que pôde. Rei Eusébio disse-lhe, com lágrimas nos olhos, "o senhor não pode fazer isso comigo"; a modéstia do jornalista, que só o conhecia pelo telefone, agarrou-se ao desespero: "O senhor tem de vir porque foi o maior". Matateu puxou então dos galões e pôs as coisas no lugar: "Está calado, pá, tu não sabes o que dizes. Eu fui um marcador de golos, mas o Di Pace é que foi o maior de todos..."


D. Miguel representa para o Belenenses a memória de glórias irrepetíveis e é a nostalgia de uma felicidade que o tempo levou, algures na viagem entre as Salésias e o Restelo; meio século depois do regresso à Argentina, o seu nome continua a despertar emoções, mesmo naqueles que nunca o viram tocar na bola – é como se continuasse a jogar e fizesse parte do dia-a-dia. Em nome de uma vida inteira a ouvir elogiar o talento único e a sua irrepreensível formação, foi uma honra conhecê-lo.

Porque a eternidade é o destino dos génios, meu caro Di Pace, jamais esquecerei este momento.

Autor: RUI DIAS - Record - Sábado, 8 Maio de 2004

O título perdido em 1955? continuo a preferir falar de outra coisa...

RECORD – Tocou-lhe viver um dos momentos mais dramáticos da vida belenense: o título perdido em 1955. Que lugar ocupa na sua memória?
DI PACE – Ocupa o espaço das coisas que desejamos esquecer e não conseguimos. Quase 50 anos depois, continuo a preferir falar de outra coisa.

RECORD – Foi uma derrota que deixou marcas...
DI PACE – Deixou marcas em todos quantos a viveram. A quatro minutos do fim, vencíamos o Sporting e éramos campeões; sofremos um golo e foi o Benfica a fazer a festa. Foi uma coisa de doidos… Em suma, não tivemos sorte.

«O futebol é um negócio»

RECORD – Está desiludido com o futebol que hoje se joga?
DI PACE – Não sou do estilo saudosista, mas a verdade é que nos dias de hoje não se consegue jogar futebol. As marcações são apertadas e destruir é o objectivo principal da maioria. Dou um exemplo: não há pontapé de canto que não dê um "penalty" – os árbitros é que não assinalam as faltas na área.

RECORD – A qualidade é mais baixa…
DI PACE – O futebol tornou-se um negócio com muitos interesses financeiros, que faz fortunas à custa da televisão e da publicidade. Para os jogadores é óptimo, para os espectadores é um martírio.

«Di Stefano, Pelé e Maradona foram grandes no seu tempo»

RECORD – Tem a idade de Di Stefano (nasceram em 1926), viu Pelé e Maradona. Quem foi o melhor de todos?
DI PACE – Essa comparação não se pode fazer. Era preciso que todos tivessem jogado nas mesmas condições e em circunstâncias idênticas. O melhor de sempre não existe.

RECORD – É uma questão de sensibilidade…
DI PACE – Maradona não teve cabeça; Pelé teve, mas não tinha a habilidade de Maradona; Di Stefano era um jogador de todo o terreno, que recebia a bola do guarda-redes e era capaz de a levar até à baliza adversária. Há uma coisa sobre a qual tenho poucas dúvidas – e isso pode dizer-se: foram os melhores do tempo em que jogaram.

Autor: RUI DIAS - Record
Data: Sábado, 8 Maio de 2004 

Golo espectacular contra o Vitória de Guimarães